sexta-feira, 18 de maio de 2007

Falta de cascalho para as estradas rurais de Cascavel.


O cascalho, principal produto utilizado na recuperação de estradas rurais em Cascavel, pode estar se esgotando. De acordo com a subprefeita de Sede Alvorada, Ivete Malmann, a única cascalheira autorizada pelo IAP (Instituto Ambiental do Paraná) deve processar o material até o início do próximo ano. “Temos que começar a pensar em alternativas o mais rápido possível para evitar problemas futuramente. Em nossa região praticamente não existem pedras, o que impossibilita a instalação de cascalheiras”.
A falta de recursos financeiros trava a aplicação de outras alternativas para a manutenção das estradas. A prefeitura poderia utilizar pedras irregulares ou mesmo solo brita, mas são opções que demandam mais gastos e não tem no orçamento recursos para investir nisso. O município está fazendo levantamento de algumas áreas que podem ser utilizadas na instalação de cascalheiras, mas dependem da autorização do IAP.
A licença ambiental para exploração das cascalheiras, de acordo com a chefe do IAP, Marlise de Cruz, deve obedecer a critérios rigorosos. “O principal cuidado é em relação aos mananciais. Os geógrafos fazem um trabalho detalhado da área escolhida” salienta. A averbação da reserva legal, que exige 20%, seria o maior empecilho para a aquisição da autorização, segundo ela. “Se a pessoa tem dois alqueires, precisa deixar 2% para a reserva”.
A maior dificuldade seria a distância que encarece o material. Atualmente, a única cascalheira autorizada pelo órgão ambiental fica cerca de 20 quilômetros do local em que estão sendo recuperadas as vias rurais, isso encarece o serviço e atrasa a conclusão dos trabalhos. “Perdemos muito tempo com o deslocamento dos caminhões, fora os gastos com combustível, que poderiam ser evitados”, salienta Fernando Dillenburg.